NANCY LIZ
( Brasil – RIO GRANDE DO SUL )
Nancy Lix, pseudônimo de Nancy Licks. Nasceu em São Leopoldo, reside em Novo Hamburgo, RS. Poeta e escritora. Professora de Literatura, Língua Portuguesa e Inglesa. Acadêmica de Filosofia da Unisinos. Designer de arte digital (obras na Deviant Arte.com). Revisora voluntária da ONG Editora Plus. Membro da rede social Ning da web. Prêmio VejaBlog por estar entre os melhores blogs do Brasil.
Publicação: Lua em Refração (mesmo nome do blog) Primeiro livro eletrônico de poesias para celular no Brasil. Página: EditoraPlus org. Outras publicações de contos e poesias na web: Recanto das Letras. Portal Literal e Poesistas.
BERNY, Rossyr, org. Poetas pela Paz e Justiça Social. Coletânea Literária. Vol. II. Porto Alegre: Alcance, 2010. 208 p. ISBN 978-85-7592-098-5
Ex. biblioteca de Antonio Miranda – doação do amigo (livreiro) Brito – DF. No. 10 249
Importante: existem mais poemas do que os apresentamos aqui, neste livro tão bem apresentado, vale a pena conferir...
Voo da libélula
Libélula
Madrepérola dos sonhos
Metamorfose feminina
Suas asas hão de soltar-se
através dos voos matutinos
planar sobre as águas cantantes
na doce música da juventude
Libélula
Elegante demoiselle
volúvel donzela
Seu belo tempo há de passar
em curtos devaneios como a brisa
até a paixão encontrá-la
E com o vento da tempestade
as suas diáfanas asas serão levadas
para a boca do Condor...
Mariposa
Exóticos delírios
—trágico destino —
os desesperados voos
da borboleta
esquizofrênica,
bruxa da noite,
negras asas de cetim,
fugindo das trevas,
efêmera criatura,
cega,
batendo na luz
em busca de calor.
De asas abertas,
desorientada,
corajosa,
a persistente mariposa
sua alma aquecerá
grudada na lâmpada.
A mão do menino
A mão que me toca
e me bate no rosto
é a mesma mão do menino
acariciando a face da mãe.
A mão que me toca
e me aprisiona a alma
é a mesma mão do menino
soltando pandorgas ao vento.
A mão que me toca
e me marca o destino
é a mesma do menino
desenhando as cores do mundo.
Enquanto um fruto avermelhado
amadurece do outro lado do muro
sobre as folhas das amoreiras onde
o bicho da seda tece o seu casulo.
A loucura dos frágeis
Impressões surrealistas,
coloridas reverberações,
a loucura dos frágeis
ultrapassa os matizes
das almas atormentadas
pela culpa na escuridão.
A dor de viver em trânsito infinito,
sombras e luzes na rua molhada,
dos faróis cegando os olhos
como carros na pista contrária
numa longa descida da serra,
um atrás do outro sem cessar,
numa noite que não termina nunca.
Mãos suadas na direção.
O alerta constante.
Dentre as imagens um branco
e ser jogado para fora da estrada.
O seu medo é perder a razão.
*
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Página publicada em maio de 2025.
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